segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Leitora conta a sua experiência na audiência pública que debateu o aborto


Do blog de Reinaldo Azevedo:

A leitora Lorena Leandro participou daquela audiência pública em que se debateu o aborto. Vejam o método a que recorrem os abortistas..

Reinaldo, escrevo em foram de comentário porque não achei um e-mail de contato. Fui à audiência pública e conto abaixo o que presenciei: O que vi da audiência pública sobre Crimes Contra a Vida
Estive na Audiência Pública que ocorreu em São Paulo para discussão das mudanças no Código Penal com relação aos Crimes Contra a Vida. Minha motivação foram as mudanças propostas sobre a penalização do aborto. Gostaria, aqui, de contar o que vi.
Vi desprezo pela verdadeira democracia, em uma evidente manipulação para que os movimentos pró-aborto dominassem a sessão. Afinal, quais seriam as chances estatísticas de todos, eu disse TODOS, os grupos feministas e abortistas terem se inscrito primeiro do que os outros grupos, como me foi alegado? Chances maiores são de que, ou foram avisados antes de todos sobre a audiência, ou eles mesmos se mexeram para que tal audiência acontecesse.
Vi, portanto, o triste espetáculo da velha ladainha sobre liberdade feminina. Não que as feministas não possam se superar. Houve indignação porque a mulher grávida é chamada de gestante. Uma mulher, com aparência claramente indígena, incluía-se no grupo “pobres e negras” e reclamava do preconceito. Teve mulher estrangeira dando pitaco na legislação. Houve proposta de criminalizar o preconceito contra as mulheres que abortam (trocando em miúdos: coloquem quem for contra o aborto na prisão). Teve até defesa do infanticídio, e tudo isso temperado pela tão famigerada comparação: se não podemos abortar, então não comamos ovo, que estamos a matar o filho da galinha!
Foram horas de insanidade até que a primeira voz se pronunciasse contra o aborto, já com o plenário completamente esvaziado. Aí sim, ainda que vindos de poucas bocas, argumentos bem fundamentados começaram a surgir. O primeiro a falar foi o historiador e jornalista Hermes Rodrigues Nery, o primeiro também a (finalmente) citar um detalhezinho esquecido pelas feministas: o feto. Nery presenteou o ministro Dipp, moderador da mesa, com um modelo em tamanho real de um feto de 12 semanas. A indignação abortista foi geral: chegaram a dizer, com o ódio típico de quem despreza a vida, que se era para sair por aí distribuindo “fetinhos”, elas teriam levado fotos de mulheres ensaguentadas por decorrência do aborto. Sim, foi esse o nível da “discussão”.
O deputado Paes de Lira, apresentado por Dipp simplesmente como “ex-coronel”, e cuja fala aguardei ansiosamente, disse a maior verdade de todas: aquela mulherada gosta mesmo é de ditadura. Também falou um advogado em defesa da vida, indo contra todos os outros ditos advogados e médicos que defenderam, em nome da bioética e do direito, que feto não é gente.
Somente no fim da tarde tive minha chance de falar, ou de, pelo menos, tentar. Assim que me levantei, ouvi “essa aí deve ser pastora”, porque, para essa corja, ter religião é xingamento. Fui a PRIMEIRA mulher, em horas de falatório, a defender a vida. Não só a vida, como também o direito da mulher de obter informações sobre as graves sequelas do aborto. Isso despertou a ira do grupo, que se levantou e, como uma torcida organizada de futebol, vociferou em minha direção. O moderador foi obrigado a intervir para que eu pudesse continuar. Apresentei dados de estudos sérios sobre a relação do aborto e do câncer de mama, dos nascimentos prematuros e do aumento de doenças psicológicas e de suicídio entre mulheres que abortam. Aliás, os defensores da vida foram os únicos a citarem as fontes de todos os dados que apresentaram, diferentemente das feministas, que jogaram na nossa cara números fictícios a tarde inteira.
Além de mim, somente outra mulher esteve lá para defender a vida, e num depoimento emocionado e bonito, disse que a filha de 3 anos, ao olhar a imagem de um feto, já sabe dizer o que ele é: um bebê. Também me surpreendeu um rapaz bastante jovem que, numa fala muito bem estudada, citou até Aristóteles. Vê-se bem que o tipo de discurso pró-vida é muito superior àquele que nos incita à dieta sem ovo.
Mas é preciso falar, também, do que não vi. Alguém pode me dizer onde estavam os movimentos de defesa da vida? Também os representantes religiosos, onde se esconderam? Especialmente os católicos, num ano em que o tema da Campanha da Fraternidade é a saúde pública! NENHUM esteve presente na audiência. O que justifica essa ausência maciça? Se foi uma estratégia, peço que seja mudada! Incomoda-me ver que o mal sempre é mais organizado e articulado que o bem. Incomoda-me ver que os poucos defensores da vida presentes estavam decepcionados pela falta de liderança. Incomoda-me parecer que as mulheres brasileiras são representadas por aquela corja, aquela falsa maioria que certamente será noticiada na imprensa como sendo a grande defensora dos direitos da mulher.
Por isso mesmo fiz questão de estar lá, para provar que elas NÃO me representam. E tenho certeza, não representam a verdadeira sociedade brasileira. Foi um tapa na minha cara ver que poucos fizeram o mesmo. Mas também foi um tapa na cara das feministas ver que, lá mesmo, esses poucos começaram a se unir.
Lorena Leandro
25/02/2012
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Conselho de Psicologia em perseguição clara e objetiva contra cristãos

Do blog do Júlio Severo: http://juliosevero.blogspot.com/2012/02/conselho-de-psicologia-inicia-um.html?spref=fb



Conselho de psicologia da um prazo de 15 dias para que Marisa Lobo tire das redes sociais toda mídia que a vincule a sua fé Cristã estando ameaçada de cassação

No último dia 09 de fevereiro às 11 horas da manhã a psicóloga Marisa Lobo, recebeu uma convocação para se apresentar ao conselho regional de psicologia, motivo seriam várias denúncias recebidas pelas redes sociais sobre seu exercício profissional.
Marisa Lobo: "Eu enfrentei e disse vamos para o enfrentamento e cassação".
Ao chegar ao conselho, Marisa Lobo, tirou uma foto lendo a Bíblia, dizendo estar lendo seu manual de ética enquanto aguardava. (foto postada nas redes sociais, que já virou motivo de perseguição).
Ao entrar no conselho foi recebida por duas fiscais, que a colocaram a par das denúncias, todas feitas por ativistas gays, usuários de maconhas e ateus, que estavam se sentindo incomodados com a postura dela em se declarar psicóloga e cristã, por assumir em suas redes sociais que é cristã, e pelos seus questionamentos de conteúdo do kit gay.
As fiscais leram todo código de ética, reforçando que ela é muito conhecida e que sua posição fere o conselho de psicologia e estão induzindo pessoas a posições contrárias ao homossexualismo e a convicções religiosas.
Relata Marisa Lobo
"Sobre a mesa colocaram Xerox de recados de twitter, o que me deixou indignada, como poderia estar sendo chamada para discutir ética, por denúncias de ateus, militantes gays, canabistas sem base legal alguma e que claramente me perseguem pelas minhas posições de direito de professar minha fé. Me senti perseguida, ouvi coisas absurdas, uma pressão psicológica que se eu não tivesse sanidade mental, teria me acovardado e desistido de minha fé."
"Tentaram o tempo todo me vincular a homofobia, deixei claro que processaria todos eles, pois não sou homofóbica, nunca agredi ninguém apenas tinho minhas opiniões, que foram claramente negadas a mim pelas fiscais, me senti tolhida em meu direito de liberdade de expressão."
Frase que foram ditas pelas fiscais que me indignaram
* "Você não tem o direito, não pode se dizer Cristã e psicóloga ao mesmo tempo é ferir o código de ética."
* "Você não pode dizer que Jesus cura, sendo psicóloga,"
* "Você não pode se dizer psicóloga e cristã, guarde sua fé pra você, não tem direito de externar para mídia."
* "Você não pode dar declarações que induza pessoas a acreditar que seu Deus cura, como faz em seus sites e blogs."
* "Você não tem direito de dizer em público que ama gay, mas quer ter um filho hetero."
"Me questionaram  que eu disse, em uma palestra que não acredito em cura da dependência química sem Deus."
"Quando mandei que me dessem um exemplo de cura da dependência química só pela ajuda psicológica, ficaram em silêncio, eu disse que conheço centenas de casos, falei das estatísticas das comunidades e serviços que trabalham a fé, e dos meus 15 anos de trabalho na área vendo os milagres da transformação, apenas por dar essa oportunidade as mães e usuários de saberem que existe um Deus que pode tirá-los desse lixo que a psicologia não tem conseguido. Claro que a situação ficou mais crítica."
"Entendi que, a pessoa pode morrer, na sua frente, mas você como psicólogo não pode em nenhum momento, falar de Deus para pessoa."
"Contei o exemplo de uma mulher que entrou em meu consultório e me disse:"
"Dê-me uma razão para viver, ou vou sair daqui e vou desistir da minha vida!!!"
"Eu dei, Deus, ela está viva e bem até hoje."
"E perguntei o que deveria ter feito, já que ela tratava com psicólogos psiquiatras, tinha luto patológico, era depressiva suicida e não tinha vontade de viver, deveria deixá-la morrer então? A dar a ela a chance de acreditar que existe Deus, eternidade. Não souberam responder, enrolaram, e mudaram de assunto."
"Quando questionei que estavam me pedindo para negar Deus se quiser continuar exercendo minha profissão, elas se olhavam, e diziam: Não é isso, você pode ter sua fé mas não pode externar, guarde pra você, pois está induzindo pessoas a acreditarem em você pela sua influência."
"Deixei claro que não uso a religião para tratar meus pacientes, não tenho nenhuma reclamação em 15 anos no conselho, eles sabem disso. Então não estava entendendo, porque tanto código de ética. Se com meus pacientes nunca cometi um erro."
"Sou uma cidadã livre, a constituição me dá esse direito de professar minha fé, fora do meu consultório, elas sempre debatiam dizendo" "como psicóloga não."
"Quando disse que então seria cassada, pois não negaria minha Fé, uma delas que disse:"
"Você não precisa ser cassada, pode abandonar a psicologia"
"Disse que não abandonaria minha profissão, que não estou sozinha, que paguei caro pela minha formação, gastei anos da minha vida, e que não vou abandonar minha profissão, e que pago caro o conselho também elas me responderam:" "então deixe de falar de seu Deus de sua fé."
"Eu enfrentei e disse vamos para o enfrentamento e cassação."
"Conforme texto abaixo tenho 15 dias tirar das redes sociais tudo que me ligue a religião, VEJA A MINHA RESPOSTA ABAIXO.
NÃO NEGO MINHA FÉ. TENHO ORGULHO DE SER CRISTÃ.É MINHA IDENTIDADE" TENHO QUE SER RESPEITADA POR ISSO.LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Urgente! Novo Código Penal pode legalizar o aborto no Brasil


http://www.sentinelacatolico.com.br/index.php/2012/02/urgente-novo-cdigo-penal-pode-legalizar-o-aborto-no-brasil/

Prestem atenção! Este artigo é muito importante.
Como não se consegue passar o aborto via projeto de Lei, será tentado passar via reforma do código penal.
Peço que repassem aos seus contatos.
Se alguém puder participar da audiência pública do dia 24/02, seria de grande ajuda! Todos sabemos que há grupos empenhados em legalizar o aborto no nosso país. Os planos, que estavam em gestação, começaram a ser colocados em prática.
Os passos concretos para essa modificação legislativa já começaram. Veja bem. O Senado Federal instituiu uma comissão de juristas para a elaboração de projeto para a reforma do Código Penal. Essa comissão já concluiu a parte relativa aos crimes contra vida. Três modificações importantes merecem nossa atenção, atuação e orações:
1) para a gestante, o aborto normal terá a pena reduzida para seis meses a dois anos. Isso significa que será crime sujeito ao juizado especial criminal, ao lado de outros como lesão corporal, desacato, ameaça etc;
2) não estará mais previsto como crime praticar aborto com o consentimento a gestante (quem ajuda a gestante poderá até ser punido, mas com base em teorias de concurso de crime, pois o tipo penal será suprimido); 
3) mais importante (é o modo como acharam para legalizar o aborto, com um argumento muito sórdido): o aborto não será punido se, até a 12ª semana, por vontade da gestante, um médico atestar que ela não possui condições de arcar com a maternidade.
É isso mesmo que acabei de dizer. Não ter condições psicológicas de arcar com a maternidade, atestada essa condição por um médico qualquer, será razão suficiente para cometer o aborto.
Estou escrevendo a vocês porque haverá uma audiência publica no dia 24.02 próximo agora, no Tribunal de Justiça de São Paulo, sobre essa parte da modificação, e o ideal é que mandássemos muita gente para se manifestar lá, de preferencia alguns bons juristas cristãos.
A notícia pode ser vista em 
http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_criminal/audiencia-publica-discutira-o-capitulo-dos-crimes-contra-a-vida-do-anteprojeto-do-novo-codigo-penal 
Além de ser a pura e simples legalização do aborto, o projeto contém uma falha jurídica muito grave, que é a de prever a morte de A por deficiência psicológica de B.
Possivelmente há membros dessa comissão que foram voto vencido (minha esperança assim recomenda pensar) e certamente eles precisarão de apoio para engrossar a voz.
Peço que divulguem esta mensagem para o maior número de pessoas possíveis! Mobilizemos-nos.Quem puder, escreva-se para falar contra o aborto. Existem muitos dados sobre o aborto no SentinelaCatolico.com.br e estão disponíveis para consulta. dia 23/02 as 18:00, vamos fazer um twittaço com a Hashtag #BRASILSEMABORTO
Que Deus nos abençoe.
OBS: 
A reforma do Código Penal também terá de chegar ao Congresso Nacional por meio de um projeto de lei. A diferença é que como será uma modificação muito abrangente dos crimes, os trabalhos iniciais são feitos por uma comissão de juristas. Mas no final das contas os nossos deputados e senadores terão de aprovar ou rejeitar o projeto de lei.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Ministra do governo Dilma compara gravidez a doenças como dengue e HIV

Nova ministra volta a defender legalização do aborto e compara a prática a “crack, drogas, dengue, HIV e doenças infecto-contagiosas”
Reinaldo Azevedo
Uma das características principais, se não for a principal, dos defensores da legalização do aborto é a DESUMANIZAÇÃO DO FETO, a transformação da VIDA que está no ventre da mulher em COISA, para que ele possa ser então, sugado, curetado. É um modo de pensamento que tem história.
Dilma Rousseff, antes de dar aquele truque nos eleitores e ter se tornado católica e contrária à legalização do aborto, era a favor. Deu inúmeras entrevistas. No dia 14 de maio de 2010, em Brasília (ah, a memória, esta minha amiga!!!), ao fim da chamada “Missa dos Excluídos”, que costuma juntar católicos de esquerda (!?), a então candidata do PT deu está declaração maravilhosa sobre o aborto:
“Não é uma questão se eu sou contra ou a favor, é o que eu acho que tem que ser feito. Não acredito que mulher alguma queira abortar. Não acho que ninguém quer arrancar um dente, e ninguém tampouco quer tirar a vida de dentro de si”.
Entenderam? Embora, numa distração, Dilma considerasse que o feto é uma “vida dentro” da mulher, ela defendia o aborto. Ao procurar uma imagem para explicitar o seu pensamento, encontrou: “Ninguém quer arrancar um dente”! Assim, feto e dente se equivalem. As palavras fazem sentido.
Os cristãos, inicialmente os evangélicos e depois os católicos, não gostaram das opiniões da candidata. A questão pegou fogo na campanha eleitoral, e a petista virou, então, religiosa. Eleição ganha, Dilma pode retomar o velho projeto. Por isso nomeou para a Secretaria das Mulheres Eleonora Menicucci, ex-colega de armas — integrou o grupo terrorista POC (Partido Operário Comunista). Consta que Dilma não pegou no berro propriamente; Eleonora pegou.
Eleonora Menicucci: de terrorista comunista a Frankenstein pró-aborto
Ontem, esta senhora já discorreu sobre o aborto. E voltou a fazê-lo nesta terça. Sua declaração é de embrulhar o estômago daqueles que não se deixam embrulhar pela trapaça intelectual. Leiam:
“O aborto, como sanitarista, tenho que dizer, ele é uma questão de saúde pública, não é uma questão ideológica. Como o crack, as drogas, a dengue, o HIV, todas as doenças infecto-contagiosas.”
Como é que é? “Como sanitarista”, então, ela decreta que “não é uma questão ideológica”, mas “de saúde pública”? E sua autoridade para decretá-lo decorre do fato de ser “sanitarista”? Então se deve concluir que:
* o aborto é uma mera questão sanitária:
* todos os sanitaristas são necessariamente a favor do aborto como medida de pura higienização.
Os nazistas não afirmariam nada mais, como direi?, preciso a respeito. Se há alguma dúvida sobre o que ela pensa a respeito do feto, a dúvida se desfaz ao seguir os passos da chefe e tentar tornar mais claro o conceito. A outra comparou o “feto arrancado” ao “dente arrancado”. Dona Eleonora resolveu ficar na sua área e mandou brasa: o aborto não é uma questão ideológica, assim como não o são “o crack, as drogas, a dengue, o HIV, todas as doenças infecto-contagiosas.”
O aborto não é mais como um dente arrancado.
O aborto é como o crack e as drogas.
O aborto não é mais como um dente arrancado.
O aborto é como o mosquito da dengue.
O aborto não é mais como um dente arrancado.
O aborto é como o vírus HIV.
O aborto não é mais como um dente arrancado.
O aborto é como as doenças infecto-contagiosas.

No dia em que Dilma enganou os evangélicos

Em outubro de 2010, na reta da eleição, a então candidata Dilma Rousseff enviou uma Carta Aberta aos evangélicos. Escrevi a respeito e comentei. No item 2, lia-se: “2. Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto”. No item 3, estava escrito: “3. Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no País.”
Era só uma tática. Saibam que existe um projeto enviado ao Congresso pelo governo petista que descrimina, sim, o aborto. Agora é questão se “ganhar a sociedade” com o proselitismo. Dilma escolheu para a pasta uma militante da causa.

O silêncio dos bocós

Eleonora, já deu pra perceber, é chegada à mitologização da própria trajetória. Voltou a falar sobre o seu passado na luta armada, e isso costuma bastar para que os presentes façam um silêncio reverencial, ainda que ela compare um feto a um mosquito ou a uma infecção:
“Quem passou pelo que nós passamos na luta contra a ditadura cresce, amadurece, e não esquece nunca. São marcas que nos tornam mais fortes e mais sensíveis ao debate, sensíveis à espera, sem sentar-se numa cadeira e ficar esperando a banda passar. É espera com ação”, disse Menicucci.”
“Luta contar a ditadura” uma ova! Luta a favor de uma ditadura contra a outra ditadura! A diferença é que, se Eleonora e sua turma tivessem vencido, o terror teria durado muito mais tempo e matado uma quantidade de pessoas infinitamente maior, como provam todos os regimes comunistas. E Eleonora queria comunismo. Foi torturada? Lamento! Lamento, repudio e acho que os torturadores merecem a lata do lixo, assim como todos os assassinos comunistas.
Não dá! Esta senhora foi muito além do razoável. Andou revelando por aí, sem que lhe tenha sido perguntado, que tem uma filha lésbica, que ela própria se relacionou com homens e mulheres etc.  Paqrece padece de egolatria; gosta de fazer praça de seu estilo de vida; acha que suas práticas pessoas compõem uma categoria de pensamento. É a Val Marchiori da esquerda. Está pronta para a capa de “Caras - Versão Vermelha”. Se eu fosse avançar na alegoria, teria de escrever que a banheira e a taça de champanhe de uma celebridade comunista estariam necessariamente cheias de sangue. “Ah, esse Reinaldo! Olhem que agressividade!” Sei. Suave e comparar o feto a uma infecção.
Eu estou pouco me lixando para a vida privada de Dona Eleonora e de sua família. Não tenho nada com isso. Eu não assisto ao ‘Mulheres Ricas” e também não me interro por “Mulheres Loucas”. O que eu sei é o seguinte: é próprio das tiranias desumanizar o homem para que possam eliminá-lo em nome de uma causa. Assim procederam todos os fascismos, especialmente a sua versão nazista. Assim procedeu o comunismo. A diferença é que os fascistas costumam se esconder porque, intimamente, sabem-se partidários do horror, da truculência e da morte. Os comunistas recalcitrantes, ao contrário, sentem orgulho em revelar a sua condição. O fascista, um asqueroso, transforma a morte num instrumento de luta pelo poder; o comunista, outro asqueroso, transforma a morte num instrumento de progresso social.
Não, Dona Eleonora!
O feto não é um mosquito!
A vida é mais do que uma infecção!
Se e quando não for, então um partido vai definir quem é progressista o bastante para viver e quem não é colaborativo o bastante para morrer.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CATÓLICAS PELO DIREITO DE DECIDIR (CDD)


Em síntese: Católicas pelo Direito de Decidir é uma organização feminista que luta por objetivos contrários aos da doutrina católica no plano sexual (aborto, uniões homossexuais, relações pré-matrimoniais...) como em outros planos (ordenação sacerdotal de mulheres, eventual abolição do sacerdócio ministerial, abolição do sacramento da Penitência...). A Conferência dos Bispos Norte-americanos já desabonou tal instituição, que tem sua sede principal em Washington e se expande pela América Latina e por outros continentes.

A organização "Católicas pelo Direito de Decidir é inspirada por um programa de revisão da Moral Católica e de artigos de fé da Igreja. Tem chamado a atenção no Brasil por suas atitudes em favor do aborto. Será portanto útil considerar tal Movimento nas páginas subsequentes:

1. CDD: Origem e Programa

Catholics for a Free Choice (Católicas pelo Direito de Decidir) foi fundada em 1970 nos Estados Unidos por três mulheres pertencentes ao grupo abortista National Organization for Women. Tinham por objetivo despertar nos fiéis católicos a consciência de que lhes compete pretenso direito de escolha em matéria sexual e no tocante à vida da Igreja.

O primeiro ato público dessa nova organização foi ridicularizar a Igreja Católica, colocando uma das três fundadoras nos degraus da catedral de São Patrício em Nova York com o título"Papisa Joana" ([1]).

O programa de tal Sociedade foi sem demora publicado nos seguintes termos:
"As CDD propugnam uma mudança de atitudes da Santa Sé, que doravante deverá

- aprovar os métodos modernos de contracepção;
- aprovar o aborto livre, seguro e legal;
- aprovar as técnicas de reprodução assistida até nos países onde são tidas como ilegais;
- aprovar as relações pré-matrimoniais;
aprovar as práticas e as uniões homossexuais;
- permitir a ordenação de mulheres bem como a de homens casados;
aceitar a eventual abolição do sacerdócio ministerial e da hierarquia da Igreja;
abolir o sacramento da Penitência".

Apesar do nome, as CDD têm demonstrado ser uma organização anticatólica, desprezando a Igreja e seus pastores. A Igreja Católica é tida como "opressiva e malvada". O Papa e os Bispos são "arrogantes, prepotentes, cegos, cruéis, obtusos, fanáticos, duros de coração, hipócritas, mentirosos, mesquinhos, maus, doentes, porcos, tagarelas, impiedosos, oportunistas, tiranos, imorais, loucos, injustos, traidores de Cristo, estirpe de Satanás"...

Alguns autores da corrente CDD são extremamente radicais. Assim C. F. Gudorf postula "a reformulação dos mitos religiosos centrais do Catolicismo assim como a reinterpretação da verdade revelada". Outros negam que Jesus tenha morrido por todos os homens; ainda outros negam a virgindade perpétua de Maria SSma. ou afirmam que a doutrina da infalibilidade papal é como um sonho ingênuo.

Os membros da corrente CDD não participam dos sacramentos da Igreja. Seguem um ritual que, por suas práticas, se assemelha aos ritos de Nova Era. Cultivam a devoção ao ídolo feminino Sofia (Sabedoria, em grego). Alguns cultuam o deus pagão Baal e redigem poesias em honra de Lúcifer.

2. Que diz a Igreja?

Os Bispos de vários países têm-se manifestado contrários ao movimento CDD. A Conferência Episcopal norte-americana, pronunciou-se duas vezes a respeito, declarando no ano 2000que não merecem o apoio da Igreja.

A Conferência dos Bispos do Uruguai declarou-se constrangida a repetir que as CDD não têm vínculo algum com a Igreja, pois contradizem explicitamente os seus ensinamentos mais característicos" (24/03/1995).

3. As atividades CDD

Desde os seus primeiros tempos as Católicas pelo Direito de Decidir empreenderam iniciativas destinadas a modelar a opinião pública e criar um clima favorável aos seus objetivos.
Eis alguns de seus empreendimentos:

3.1. Campanha "See Change"

Em março de 1999 CDD lançou a Campanha "See Change", que tinha em vista retirar da Santa Sé a qualidade de Observador Permanente junto à ONU para reduzi-la à categoria de Organização não Governamental como é a Sociedade CDD. A razão desta Campanha está no fato de que a Santa Sé, nas assembleias gerais, se opõe ao controle artificial da natalidade, à esterilização, ao aborto... juntamente com as nações em desenvolvimento e em oposição aos países ricos do primeiro mundo; os representantes da Santa Sé têm posto em evidência as sutilezas do linguajar abortista.

A Campanha até nossos dias não logrou o êxito almejado.

3.2. Campanha "Um Preservativo para a Vida"

No início de 2002 a organização CDD lançou veemente campanha em favor do preservativo, apregoando:

"Os Bispos católicos preconizam a santidade de vida, mas o seu veto ao preservativo contribui para a tragédia da AIDS e da morte no mundo".
"Os católicos se preocupam. Será que se preocupam também os nossos Bispos? Proibir o uso do preservativo é matar".

Com tais dizeres foram colocados grandes cartazes ao longo de estradas e em lugares estratégicos de vários países como Bolívia, Chile, México, Nicarágua, Filipinas, Quênia, África do Sul, Estados Unidos, Canadá...

A CDD declarou ser esta a primeira etapa de intenso movimento destinado a mudar a posição da Santa Sé frente ao uso de preservativo.

3.3. Campanha em prol da Justiça

A "Justice Campaign" começou em 1986, dirigida ao Governo norte-americano para solicitar-lhe financiamento em favor das mulheres pobres que desejam abortar, opondo-se assim a movimentos curadores de subsídios. Foi visada especialmente a cidade do México, onde é proibido receber fundos provenientes dos Estados Unidos para promover o aborto nos países em vias de desenvolvimento.

3.4. Campanha "Anjo da Guarda"

Em julho de 2002 realizou-se importante Jornada Mundial da Juventude em Toronto (Canadá). A CDD aproveitou o ensejo para distribuir a jovens e adolescentes milhares de preservativos. Os agentes da Campanha se trajaram como anjos que entregavam outrossim um pequeno letreiro, que dizia: "Não permita que o anjo da guarda o veja".

O Bispo Mons. Reginald Cawcutt da Cidade do Cabo (África do Sul), como porta-voz dos demais Bispos do seu país, declarou em réplica a tão insidiosa iniciativa:

"A Igreja desaprova a tentativa de combater a difusão da AIDS mediante distribuição de preservativos aos adolescentes. Isto equivale a promover a promiscuidade em sinal de ideias confusas. A Igreja sustenta e promove com grande interesse programas educativos e preventivos baseados sobre autênticos valores. São estes, aliás, os únicos recursos que funcionam".

Seja lícito observar que o preservativo não é sexo seguro como dizem, de modo que propagar o preservativo é propagar também a probabilidade de contaminação.

3.5. Apoio ao Aborto Parcial

O aborto parcial consiste em extrair do ventre materno o corpo da criança, com exceção da cabeça; perfura-se, a seguir, o crânio da mesma com um instrumento afiado e faz-se a aspiração do cérebro. Ver Apêndice p. 398s deste fascículo.

Ora em 1993 o Congresso Nacional do Partido Republicano Norte-americano foi acompanhado pelo movimento CDD, que atacou os Bispos norte-americanos que se opuseram a tal prática desumana.
Sem comentários.

3.6. O referendum "A Igreja somos nós"

Em 1996 as CDD promoveram com grande empenho um referendo (Consulta Popular), que propugnava o seguinte programa:

Ordenação diaconal sacerdotal de mulheres; Participação dos leigos na escolha dos Bispos e padres; Celibato sacerdotal facultativo; Recondução dos sacerdotes casados ao ministériosacerdotal; Promoção dos "direitos homossexuais"; Admissão dos católicos divorciados e civilmente recasados aos sacramentos; Primado da consciência de cada fiel frente ao magistério da Igreja Católica relativo a questões de sexualidade...

3.7. Atividades na América Latina

O movimento CDD aplica grande parte de seus recursos estratégicos e monetários aos países da América Latina e do Caribe, maioritariamente católicos. Tem publicado livros e panfletos que promovem o aborto, a contracepção, a esterilização e o homossexualismo masculino e feminino.

A mesma organização se volta para os latino-americanos residentes nos Estados Unidos. Em agosto de 1991 lançou o "Projeto Hispânico", que tem por objetivo "educar" os hispânicos para a "saúde reprodutiva". As CDD publicaram outrossim um livro satírico intitulado Maria fue consultada para ser Madre de Dios: trata de uma jovem que pergunta à Virgem Maria o que ela há de fazer no seu estado de gravidez indesejada; a conclusão é que a toda mulher toca o direito de escolher o aborto ou não, visto que o próprio Deus concedeu a Maria a possibilidade de dizer Sim ou Não à proposta de tornar-se Mãe de Deus.

4. Conclusão

Está comprovado que a organização "Católicas pelo Direito de Decidir" de católico só tem o nome.

Desde a sua fundação vem atacando a doutrina católica e a hierarquia da Igreja no intuito de ganhar a opinião pública para o aborto, a contracepção e procedimentos que chegam a ser antinaturais. A designação "Católicas..." causa confusão nas mentes; pode ter levado - ou levar - os incautos ao erro. Apoiada financeiramente por muitas Fundações e empresas estrangeiras, ainda pode ser muito nociva, inclusive à população católica do Brasil.

Para obstar a esses males, toca ao fiel católico esforçar-se por

1)  mostrar a quem compete, os graves erros que afetam a organização CDD, chegando a certas formas de paganismo e satanismo;

2)  apregoar a reta doutrina católica, que, em última análise, não é senão o eco da lei natural ou lei do Criador.

Este artigo reproduz os dados apresentados por Brian Clowes no verbete "Donne Catoliche per il diritto di decidere" em LEXIKON do Pontifício Conselho para a Família. Tal verbete indica com precisão a documentação-fonte das informações fornecidas, destacando-se a revista Conscience das CDD de língua inglesa.

APÊNDICE

O ABORTO PARCIAL

"Aborto parcial" designa um procedimento vigente nos Estados Unidos em consequência de um dispositivo legal daquele país. Com efeito; a legislação norte-americana professa ser lícito tirar a vida de um nascituro durante o parto, caso esteja ainda parcialmente no útero materno; depois que a criança foi totalmente extraída do seio de sua mãe, é considerada pessoa perante a lei e torna-se intocável. Por conseguinte, quando uma mulher quer abortar nas últimas semanas de gravidez, submete-se a uma intervenção que extrai o corpo da criança exceto a cabeça; depois disto o crânio da mesma é perfurado no útero da mãe e faz-se a aspiração do cérebro. Segue-se a retirada do crânio.

Aos 14 de junho de 1995 foi entregue ao Congresso norte-americano um projeto de lei dito Partial Birth Abortion Banact, que visava a interdição deste procedimento. Aprovado pelas duas Câmaras, foi submetido ao Presidente Clinton, que recusou assinar a eventual lei, alegando que tal tática deveria ser mantida a fim de atender em certos casos à saúde da mãe. Em suma, por três vezes o mesmo projeto foi apresentado ao Presidente para sanção, recebendo sempre a rejeição da suprema autoridade.

Ficaram baldados os apelos e protestos da Conferência dos Bispos norte-americanos e de personalidades importantes. Afim de pôr termo ao debate público, entrou em cena a Corte Suprema dos Estados Unidos, que aos 29 de junho de 2000 decretou serem inviáveis os projetos contrários à legislação vigente, que assim foram declarados nulos.

Pergunta-se: tal resolução significa progresso de civilização?


Dom Estêvão Bettencourt (OSB)


[1] Tal figura nunca existiu, como é demonstrado às pp. 400-405 deste fascículo.