sexta-feira, 1 de maio de 2009

Dra. Elizabeth Kipman, um exemplo feminino de coerência e virtude

Convido-os a ver a brilhante participação da dra. Elizabeth Kipman, no programa Canal Livre, apresentado pela Rede Bandeirantes no ultimo domingo (29 de março):
http://band.com.br/canallivre/videos.asp

A obstetra simplesmente destruiu a procuradora de justiça Luiza Nagib Eluf, que estava lá defendendo o aborto. Ver uma representante do Ministério Público, que possui o encargo constitucional de defender a ordem jurídica (art. 127, CF), chamando as leis brasileiras de "hipócritas e machistas" é de doer.

Vocês podem entrar em contato com a Corregedoria Geral do Ministério Público do Estado de São Paulo, dizer-lhes que assistiram ao programa da Bandeirantes e perguntar-lhes como pode uma procuradora de justiça, estipendiada pelo contribuinte para defender a ordem jurídica, ir a um programa de televisão dizer que a lei brasileira sobre o aborto é "hipócrita e machista". Pergunte, é seu direito.

Correios eletrônicos do Ministério Público do Estado de São Paulo:
cgmp@mp.sp.gov. br (corregedoria)
comunicacao@ mp.sp.gov. br (imprensa)

Rodrigo R. Pedroso.

Grupo pró-aborto internacional conspirou com hospital para matar bebês gêmeos em gestação em famoso caso brasileiro

— Parte 1

Matthew Cullinan Hoffman, correspondente na América Latina

RECIFE, BRASIL, 9 de abril de 2009 (LifeSiteNews. com) — Uma organização pró-aborto internacional conspirou com equipe pró-aborto de hospital para provocar o agora famoso aborto numa menina brasileira de nove anos, de acordo com testemunhas.

LifeSiteNews recebeu informação de que, ao contrário das alegações repetidas nos principais meios de comunicação do Brasil, o hospital onde ela foi originalmente internada reconheceu publicamente que a vida dela não estava em perigo na época em que o aborto foi realizado.

O aborto, que atraiu a atenção da mídia internacional quando o arcebispo local excomungou os participantes, foi executado depois que se ficou sabendo que uma menina cujo nome não foi revelado estava grávida de gêmeos depois de ter sido estuprada por seu padrasto durante vários anos. Ele confessou o crime e agora está preso.

Embora outros bispos brasileiros e até mesmo uma autoridade do Vaticano tenham se distanciado da excomunhão, relatos de testemunhas e declarações públicas feitas à imprensa indicam que os motivos dados para justificar o aborto são longe de acurados.

De acordo com o Pe. Edson Rodrigues, um sacerdote católico da cidade natal da menina de Alagoinha que estava presente durante o momento difícil, os pais da menina declararam sua oposição ao aborto em geral e ao aborto em particular proposto para sua própria menina. Contudo, depois que a menina foi internada no Instituto de Medicina Infantil de Pernambuco (IMIP), ela e sua mãe foram isoladas pela equipe do hospital, que declarou que um aborto era necessário para salvar a vida de sua filha.

Em 28 de fevereiro, “chegamos ao IMIP por volta das 15h”, escreve Rodrigues numa declaração no site de sua diocese de Pesqueira. “Subimos ao quarto andar onde estavam a menina e sua mãe em apartamento isolado. O acesso ao apartamento era restrito, necessitando de autorização especial”.

“Ao apartamento apenas tinham acesso membros do Conselho Tutelar, e nem tidos. Além desses, pessoas ligadas ao hospital. Assim sendo, à área reservada tiveram acesso naquela tarde as conselheiras Jeanne Oliveira, de Recife, e Maria José Gomes, de nossa cidade”, continua Rodrigues.

“Com a proibição de acesso ao apartamento onde menina estava me encontrei com a mãe da criança ali mesmo no corredor. Profunda e visivelmente abalada com o fato, expôs para mim que tinha assinado ‘alguns papéis por lá’. A mãe é analfabeta e não assina sequer o nome, tendo sido chamada a pôr as suas impressões digitais nos citados documentos”.

“Perguntei a ela sobre o seu pensamento a respeito do aborto. Valendo-se se um sentimento materno marcado por preocupação extrema com a filha, ela me disse da sua posição desfavorável à realização do aborto. Essa palavra também foi ouvida por Robson José de Carvalho, membro de nosso Conselho Paroquial que nos acompanhou naquele dia até o hospital… Saímos, pois, do IMIP com a firme convicção de que a mãe da menina se mostrava totalmente desfavorável ao aborto dos seus netos, alegando inclusive que ‘ninguém tinha o direito de matar ninguém, só Deus’”.

Na segunda-feira seguinte, o Pe. Rodrigues chegou com o pai da menina, que tinha claramente declarado sua oposição ao aborto, e dois conselheiros. O grupo tentou chegar até o quarto andar para visitar a mãe e a menina, mas foram impedidos.

O Pe. Rodrigues escreve que “quando chegamos ao primeiro andar, um funcionário do IMIP interrompeu nossa subida e pediu que deixássemos o elevador e fôssemos à sala da Assistente Social em outro prédio. Chegando lá fomos recebidos por uma jovem assistente social chamada Karolina Rodrigues”.

O Pe. Rodrigues observa que, apesar do fato de que o pai não havia dado consentimento para a realização do aborto, a assistente social informou ao grupo que “com base no consentimento assinado pela mãe da criança em prol do aborto, os procedimentos médicos deveriam ser tomados pelo IMI dentro de poucos dias. Sem compreender bem do que se tratava, questionei a assistente no sentido de encontrar bases legais e fundamentos para isto. Ela, embora não sendo médica, nos apresentou um quadro clínico da criança bastante difícil, segundo ela, com base em pareceres médicos, ainda que nada tivesse sido nos apresentado por escrito”.

Depois de descobrir que o pai estava presente, a assistente social insistiu em conversar com ele sozinho, sem a presença do Pe. Rodrigues ou dos dois conselheiros tutelares, de acordo com Rodrigues. Depois de 25 minutos de conversa, o pai mudou de idéia, diz Rodrigues. Ele declara que o pai mais tarde contou que ele havia sido informado de que sem o aborto, sua filha morreria, e assim era melhor abortar os gêmeos em gestação.

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero. com

Cada tempo tem sua barbárie

Francisco José Ramiro

BioeticaBlog

Posted: 02 Apr 2009

Dias passados uns amigos me convidaram para comer com eles na praia de Salinetas. A conversa transcorria por vários assuntos, e desembocou na tensão social que vem acontecendo nestes días pela tentativa de se ampliar a lei do aborto. Uns eram partidarios de deixar a lei como está, outros de amplia-la e esse debate transcorreu até o final da comida.

O que mais me chamou a atenção é que um de meus amigos, que se manifestava contra ao aborto, entretanto, terminou sua exposição dizendo que “de qualquer forma alguma lei terá que regular o aborto”.

Com suas palavras, sem se dar conta, manifestavam uma ideia que vai se difundindo cada vez mais e que poderíamos resumir dizendo, que, “mesmo que o aborto possa ser algo mau, tem que aceitá-lo como uma realidade contra a qual não se pode fazer nada”. Se produz assim uma incoerência importante entre o que se pensa sobre o valor de toda vida humana, e a aceitação do que é uma interrupção provocada dessa vida.

Alguns, que se dizem profetas do futuro, vão mais além e exigem que se reconheça o direito de qualquer pessoa de abortar. O que é difícilmente conciliável com o artígo 3 da Declaração universal de Direitos Humanos: “Todo individuo tem direito à vida, à liberdade e à segurança de sua pessoa”. E científicamente niguém duvida de que desde a concepção se está diante de um individuo humano, não um grupo de células.

Sendo isto tão claro, o que pode falhar para que se esteja adotando uma cultura social tão incoerente?

Pode nos ajudar a entender nosso tempo ao olharmos para a história recente. A escravidão não acabou de ser abolida no direito internacional até há poucos anos, na Convenção sobre a Escravidão, promovida pela Sociedade de Nações e assinada em 25 de setembro de 1926, que entrou em vigor desde 9 de março de 1927. Nos EUA a segregação racial no era legalmente abolida até a Lei de Direito ao Voto (dos negros), assinada pelo presidente Lyndon B. Johnson em 10 de julho de 1965. Poucos anos antes, o Tribunal Supremo havía aceitado como perfeitamente constitucionais várias leis segregacionistas.

Um caso recente é o apoio de Hillary Clinton à Planned Parenthood Federation of America, fundação muito ativa na extensão do aborto, cuja fundadora, Margaret Sanger, é uma figura muito controversa por sua promoção ao controle da população dirigido aos negros e mais pobres.

A explicação de muitas incoerências está na liberdade humana, que sempre é capaz de escolher o mal. Ou como afirmava recentemente Benigno Blanco: “Cada época tem sua barbarie: a discriminação da mulher, a escravidão, o racismo… e a cada época isso parece normal. A normalização social e jurídica do aborto é um sinal da nossa”. Não pensemos que por sermos pessoas do sécuo XXI, estamos isentos de equívocos.

A situação, porém, não é irremediável. O aborto e o infanticidio eram legais até o século III, depois deixaram de ser, e agora voltam a ser novamente. Da mesma forma podem voltar a ser ilegais. A solução passa por fomentar o amor à verdade.

Em nossa sociedade, facilmente se aceita a mentira, quando no meio se envolvem o dinheiro, o poder, ou o prazer. Certamente a verdade é um valor frágil, que pode ser arrasado por outros interesses mais fortes. Mas por sua debilidade devería ser cuidado com mais exigência, porque a verdade é o único valor que pode fazer-nos crescer em liberdade. Somente quando vislumbramos a verdade da realidade podemos escolher com liberdade.

Quando outros interesses mais fortes se interpõem, se não os controlamos, acabam fazendo-nos seus escravos. Passamos a escolher em função do que os outros pensam, ou do que consigamos deles, ou de como controla-los. Definitivamente, nos fazemos escravos dos demais. Cada vez se faz mais patente que só o amor à verdade nos permite crescer em liberdade.

Por ele falemos do aborto com liberdade. Sem ser escravos de partidos, nem de grupos, nem de instituições, nem de modas sociais. Façamos uso da liberdade de requerer a verdade sobre a interrupção voluntaria da gravidez, e aceitemos a realidade do que é, sem ficarmos em uma visão teórica. Somente depois poderemos pensar quais são os medidas que deveríam ser tomadas por nossa sociedade para abordar esse problema que a cada día provoca mais tragédias no nosso mundo.