segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

"Ajuda" para morrer

Esse é o tipo de "ajuda" que a família de Eluana deseja para a sua filha: uma morte torturante de fome e de sede. Para o pai de Eluana antes era um inferno, agora a tortura de fome e sede, segundo suas palavras, é a libertação. Gostaria de saber se Eluana concordaria com seu pai.

Hoje na Itália o Pai de Eluana está pedindo o direito de encerrar com a vida da filha. Na Holanda, como esse conceito já foi aceito há muito tempo, atualmente os próprios médicos possuem autorização para eutanaziar aqueles que acharem melhor, independente da vontade do próprio paciente. O fato é que está havendo neste país um exôdo em massa de idosos, porque estes não sabem se continuarão vivos depois de irem para algum hospital holandês: lá já é emancipado, a liberdade de escolha já se voltou contra a própria liberdade de viver.

Só em 1990 * morreram 14.691 pessoas de eutanásia involuntária, de pacientes que não desejavam ser mortos. Em 45% dos casos ocorridos em hospitais, a eutanásia foi praticada não só sem o conhecimento dos pacientes, mas também dos familiares. LIBERDADE SEM LIMITE ACABA NA NEGAÇÃO DA PRÓPRIA LIBERDADE. *Dr. Richard Fenigsen, A Gentle Man Speaks of Fear, Population Research Institute Review (PRI: Baltimore-EUA, março-abril de 1994), p. 8.

Morte de Eluana começa de forma gradual

Jornal do Brasil

ITÁLIA - Eluana Englaro, 37 anos, a italiana que vive em estado vegetativo há 17 anos e que a família quer ajudar a morrer, começou nesse fim de semana a ficar sem alimentação nem hidratação via sonda. Hoje é o terceiro dia consecutivo do protocolo de eutanásia que a Justiça italiana autorizou que fosse aplicado a ela. Eluana deverá levar de 10 a 20 dias para morrer de inanição e desidratação.

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, disse ao jornal chileno La Nación que não fez nada além de dar voz a Eluana, ao explicar sua decisão de deixar a filha morrer. Giuseppe questiona a Igreja Católica e as ideologias que tentaram impor em uma história que ele viveu com mais dor que qualquer outro.

O Vaticano e o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, pressionaram o presidente da Itália para mudar sua posição e manter viva uma mulher em coma. Giuseppe Englaro convidou este sábado Berlusconi, e o presidente da República, Giorgio Napolitanio, para visitar sua filha Eluana, para que se deem conta da situação em que se encontra.